O ex-presidente Markus Liebherr. |
Se na última temporada foi difícil acreditar que os recém promovidos Norwich, Leeds e Millwall poderiam conseguir algo grande na Championship e, surpreendentemente conseguiram. Agora espera-se muito deste Southampton com um bom elenco e sob o comando de Nigel Adkins.
Os Saints conseguiram o acesso direto à segunda divisão inglesa ficando atrás apenas do campeão Brighton e, depois de "baterem na trave" perdendo para o Rochdale nos play-offs na temporada 2009-2010, eles não queriam passar pelo mesmo problema novamente.
Há de se ressaltar que um dos grandes responsáveis por este progresso da equipe foi o grande empresário suíço Markus Liebherr, que comprou a equipe em 2009, após entrarem em administração. Isso culminou em grandes investimentos e em uma consequente melhora.
Entretanto, logo no início desta temporada o empresário acabou falecendo e grandes homenagens foram prestadas a ele. Mas os investimentos não pararam e sua filha, Katharina Liebherr, seguiu confiando no trabalho de Nicola Cortese na presidência.
O primeiro título nesta "nova era" foi o Johnstone's Painty Trophy em 2010, vencendo o Carlisle na final. Na época, Alan Pardew era o treinador. Contudo, após um fraco começo de temporada o experiente treinador acabou sendo demitido.
Para seu lugar foi trazido outro bom treinador, Nigel Adkins, vindo do Scunthorpe, onde havia feito um trabalho contundente em quase 4 anos, conseguindo além de um acesso à Championship, uma inesperada permanência na mesma.
Não há dúvidas de que o elenco dos Saints era um dos melhores da League One (talvez até melhor do que Brighton e Peterborough) e Adkins soube armar este time em campo.
Uma das peculiaridades deste Southampton na temporada foi, sem dúvida, sua formação. Logicamente um 4-2-3-1 não é nada comum para um time de League One.
Na defesa, destacou-se o português José Fonte, capitão do time e grande zagueiro que teve atuações sensacionais, além do goleiro Davis.
No meio-campo há de se chamar a atenção para a linha de 3 formada foi Oxlade-Chamberlain, Lallana e Lambert. O primeiro deles é um dos nomes mais badalados da "The Football League". Alex Oxlade-Chamberlain é filho de Max Chamberlain e um jogador muito bom tecnicamente e, na janela de janeiro, provocou uma disputa enorme entre Manchester United e Arsenal. Mas acabou permanecendo em St. Marry.
O segundo é Adam Lallana, que chegou no início da temporada e é tido como um jogador "vital" para este time. O trequartista era praticamente o termômetro do time na temporada.
Pelo lado esquerdo do meio-campo atuou Rickie Lambert, que foi simplesmente o artilheiro da equipe na temporada, marcando 21 gols.
Alguém que ficou no banco de reservas, mas ainda assim foi decisivo é o brasileiro Guly do Prado, que entrava em quase qualquer posição do meio sempre que necessário e marcou 11 gols na temporada.
Na frente, houveram basicamente dois nomes na temporada. O primeiro foi Jason Puncheon que, por suas boas atuações, foi contratado pelo Blackpool. O segundo foi Lee Barnard, que substituiu muito bem Puncheon e foi o vice-artilheiro do time, com 15 gols.
Para a disputa da Championship, o time de Saint Marry não perdeu nenhum jogador vital, mas provavelmente Manchester United e Arsenal voltaram à peleja.
Para acrescentar algo a este elenco, foram vinculados os nomes do atacante Nicky Maynard, do Bristol City, e o bom volante Jack Cork, que pertence ao Chelsea mas jogou pelo Burnley na temporada.