Swindon busca recuperação com Di Canio no banco


Depois de brigar muito pelo acesso à Championship na temporada 2009-2010, ninguém poderia imaginar que o Swindon faria uma temporada tão desastrosa como fez em 2010-2011, sendo o lanterna e causando muito espanto em sua torcida.

O time já não começou tão bem a temporada, perdendo para o Brighton logo na estreia, mas aos poucos foi se recuperando e conseguindo alguns bons resultados. Contudo, estes "bons resultados" não passavam de vitórias por no máximo um gol de diferença e o time dependia demais do atacante Charlie Austin.

Com o passar da temporada, a queda de produção do time que estava sob o comando de Paul Hart foi inevitável e uma briga pelos play-offs seria impossível. Com isso, Austin passou a ser sondado por vários outros clubes não apenas da League One, como também da Championship. Temendo perder seu principal jogador, o presidente Jeremy Wray declarou-o como "inegociável", mas o pior ainda estava por vir.

Totalmente descontente com esta situação, pois já havia pedido para sair, Charlie Austin entregou uma carta ao presidente solicitando sua negociação com outro clube. Wray não teve outra alternativa a não ser vendê-lo. O felizardo comprador foi o Burnley.

Depois deste "abalo", não é preciso dizer como o Swindon ficou. A equipe caía cada vez mais na tabela e não conseguia sequer empatar alguns jogos, o perigo de rebaixamento já se tornava iminente. 

Ainda assim o presidente manteve a fé em Paul Hart e o bancou, dizendo que ele teria experiência suficiente para ajudar o time a escapar da queda. O treinador, que se mostrou confiante, algum tempo depois pediu também sua demissão, deixando o time literalmente à deriva.

Para seu lugar foi nomeado o interino Paul Bodin, que inclusive havia jogado na equipe, e que tentou a famosa "arrancada final", mas sem sucesso. O Swindon terminou na última colocação da League One, com 41 pontos.

Só pra constar, mesmo tendo saído praticamente no meio da temporada, Charlie Austin foi o artilheiro do time, com 17 gols. O vice-artilheiro foi Ritchie, com apenas 8.

Em seu "balanço" da temporada, o jornalista da BBC Vic Morgan disse o seguinte: "O fato que resume esta temporada é: não vencemos em casa.

"Apenas três vitórias em Ground County na reta final da temporada poderiam ter nos mantido. Para mim, as partidas cruciais foram ante Walsall, Plymouth e Dagenham & Redbridge, no espaço de uma semana.

"Todos nós queríamos, pelo menos, sete pontos daqueles nove, mas só vieram dois. Acho que foi isso que me fez sentir que o rebaixamento era inevitável".

Pouco depois, já começou a restruturação no Swindon, começando pelo banco de reservas. Depois de nomes como George Burley e Dietmar Hamman quem realmente foi anunciado como novo treinador foi o polêmico italiano Paolo Di Canio, ex-Sheffield Wed., Lazio, West Ham, etc. que trouxe consigo os auxiliares Fabrizio Piccareta e Claudio Donatelli e muitas esperanças à torcida.

Apenas a sua chegada na cidade já gerou uma verdadeira "comoção". Na coletiva, ele foi muito atencioso com todos os jornalistas e a declaração que mais chamou a atenção foi a seguinte: "Sinto que este momento é muito importante para mim. Fiquei muito feliz trabalhando nos últimos anos em um canal de televisão, mas um leão não pode ficar em uma jaula. Um leão precisa ficar em campo, por isso este é meu trabalho e isso é minha vida!"

Apesar de uma visão tão otimista após a chegada do italiano, vale destacar que o Swindon perdeu um patrocínio de 4 milhões de libras por temporada (vindos da GMB) pelo fato de o italiano ser partidário das ideias de Mussolini.

Agora é aguardar as primeiras contratações do clube e ver este entusiasmo de Di Canio sendo posto em prática no campo o que, segundo ele, irá acontecer.

Gilmar Siqueira
quinta-feira, 16 de junho de 2011 às 19:57

Gostou? Compartilhe

Siga o Football League Brasil

Postagens recomendadas:

Comentários
0 Comentários

Seja o primeiro a comentar: