Apesar de temporada irregular, Rotherham retorna à League One

Frecklington é abraçado após o gol do acesso (Reprodução/The Star)
Após seis anos na League Two, o torcedor do Rotherham pode, enfim, sorrir novamente. Com um dos melhores elencos da competição, os Millers sofreram mais do que deveriam, mas confirmaram o acesso após cinco vitórias nas últimas cinco rodadas.

Mais do que tudo, a promoção é vista como a volta por cima de um clube que viveu vários problemas financeiros nos últimos anos. A primeira dificuldade veio logo no início da temporada 2006/2007, em que o clube foi rebaixado à quarta divisão após iniciar o campeonato com -10 pontos. 

Em sérias dificuldades, a equipe foi vendida a Tony Stewart, que viu logo de cara que seu trabalho não seria fácil. Logo em sua primeira temporada na League Two, a equipe teve outros 10 pontos deduzidos durante a competição. Apesar do cenário negativo, os Millers estiveram muito próximos de garantir um lugar nos play-offs ainda em 2008, mas terminaram a temporada regular na nona colocação. 

No ano seguinte, o United novamente viu suas expectativas frustradas, após perder mais 17 pontos. Como se não bastasse, as dívidas obrigaram o Rotherham a trocar o Millmoor - estádio usado durante quase um século - pelo Don Valley, situado na cidade vizinha de Sheffield. 

O trabalho de Stewart à frente do Rotherham só começou a dar frutos em 2009/2010. Com o clube praticamente livre de problemas financeiros e um ataque comandado pelo ótimo Adam Le Fondre (que anotou 27 gols na temporada), os Millers terminaram a liga em quinto, mas caíram para o Dag & Red, de Paul Benson e Danny Green, na final dos playoffs. 

Três treinadores diferentes nas duas temporadas seguintes quebraram o ritmo da equipe, mas tudo mudaria com a chegada de Steve Evans. Responsável por promover o Crawley em duas ocasiões, o polêmico escocês foi contratado para substituir Andy Scott, mas, restando apenas cinco partidas para o fim do campeonato, não causou o impacto necessário para garantir o time nos playoffs.

No entanto, as coisas mudaram em 2012/2013, quando Evans teve liberdade para reformular sua equipe. Com 10 contratações no início da temporada, o treinador montou um elenco muito superior ao nível da divisão e que, na teoria, subiria sem dificuldades.

Entretanto, na prática, os Millers não apresentaram o futebol esperado. Apesar de estrear com o pé direito no recém-inaugurado New York Stadium, goleadas sofridas para Southend, Port Vale e Dag & Red fizeram com que o clube passasse os primeiros três meses da competição na metade da tabela.

Na segunda metade da temporada, o time seguia mostrando inconsistência. Se por um lado, a equipe mostrava força ao derrotar Northampton e Oxford, por outro, derrotas para o Barnet e o rival Chesterfield colocavam a campanha em xeque.

Tais tropeços fizeram com o que United visse sua vaga entre os sete primeiros ameaçadas pelo Exeter, do artilheiro Jamie Cureton. E foi justamente contra os Grecians que o Rotherham arrancou para a tão sonhada promoção. Após golear o Exeter por 4x1, os Millers arrancaram para uma série de cinco vitórias, saltando do quinto lugar para a vice liderança.

Daniel Nardiello, o homem do acesso

Com a saída de Adam Le Fondre para o Reading, em 2011, o Rotherham perdeu grande parte de sua força ofensiva. A lacuna só foi preenchida nessa temporada, com a contratação de Daniel Nardiello. Oriundo das categorias de base do Manchester United, o atacante marcou logo em sua estreia, contra o Burton, mostrando que seria importante ao longo da campanha. Com 20 gols anotados durante a League Two, Nardiello terminou muito a frente de Lee Frecklington, vice-artilheiro do time, com nove gols. 

Lucas Leite
domingo, 9 de junho de 2013 às 00:09

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