Talento feito em casa garante Crewe na final dos play-offs

AJ Leitch-Smith
Leitch-Smith abriu caminho para a classificação (Divulgação/Crewe)
Famoso por trabalhar muito bem com as categorias de base, o Crewe contou com dois gols de dois jovens "pratas da casa" para segurar um empate dramático ante o Southend e garantir seu lugar na final dos play-offs da League Two.

Como era de se esperar, o Southend começou a partida marcando a partir do campo de ataque e rondando a área adversária a todo momento. Bilel Mohsni teve a primeira chance de abrir o placar, logo aos cinco minutos, mas Steve Phillips caiu bem para fazer a defesa no canto. 

A resposta dos visitantes veio no lance seguinte, com Lee Bell, que recebeu excelente passe de Nick Powell, mas bateu por cima do travesão. O confronto seguia aberto, e tanto os Shrimpers - com Sean Clohessy e Elliott Benyon - quanto o Alexandra, principalmente com Powell, levavam perigo às defesas adversárias.

Com tantas oportunidades criadas, bastaram 24 minutos para que o placar fosse mudado. Asley Westwood encontrou Ajay Leitch-Smith no bico da área; o camisa 10 cortou para o meio e bateu forte, encontrando o ângulo direito de Cameron Belford.

Os mais de nove mil presentes até chegaram a comemorar o empate, com Freddy Eastwood, no ataque seguinte, mas o árbitro assinalou corretamente a posição irregular do atacante.

A partir daí, o Crewe tomou conta do jogo e passou a jogar nos espaços deixados pelo time de Paul Sturrock. E os Railwaymen poderiam ter definido o confronto aos 34 minutos, quando Belford tentou sair jogando com os pés, mas deu um presente para Byron Moore; o atacante, porém, não aproveitou e, mesmo com o gol aberto, isolou a pelota.

É bem verdade que o arqueiro se redimiu no lance seguinte, posicionando-se de forma sensacional para impedir que Leitch-Smith marcasse por cobertura, mas a defesa não foi suficiente para impedir que o time da casa deixasse o campo derrotado após os 45 minutos iniciais. 

Na etapa complementar, os visitantes não se mostraram dispostos a administrar a vantagem e, em apenas cinco minutos, Moore deu trabalho a Belford e Powell levou perigo em chute que raspou o travessão.

Assim como os visitantes, o United adotou uma postura ofensiva, mas parou na trave em duas ocasiões. Primeiro, com Michael Timlin em chute forte da entrada da área e, quatro minutos depois, com Eastwood, após boa jogada individual.

Sentindo o bom momento, Paul Sturrock mandou Neil Harris a campo e o experiente atacante precisou de apenas nove minutos para deixar sua marca. Após cruzamento de Chris Barker para o meio da área, Phillips se atrapalhou todo no momento de encaixar a bola e a deixou sobrar nos pés de Harris, que mandou para o gol aberto.

A partir daí, o jogo ganhou contornos dramáticos: os Shrimpers alçavam a bola na área, na esperança do gol que levaria o jogo para a prorrogação, enquanto o Crewe se fechava a fim de aproveitar um contra-ataque. E essa situação ficou ainda mais evidente no fim da partida.

Quando restavam cinco minutos para o fim da partida, Mohsni aproveitou cruzamento de Lee Hills e cabeceou forte, mas Phillips, bem colocado, encaixou tranquilamente. Contudo, os mandantes foram castigados pela chance perdida um minuto depois. 

Após excelente contra-golpe puxado por Kelvin Mellor e Powell, o último serviu o jovem substituto Max Clayton, que se livrou da marcação e bateu rasteiro, no contrapé de Belford levando a torcida visitante a loucura. 

O gol deveria ter acalmado os ânimos da partida, mas não foi isso que aconteceu. Aos 43 do segundo tempo, Hall escapou pela direita e cruzou na medida para o capitão Chris Barker que, de cabeça, deixou tudo igual novamente. 

Esse placar ainda não era suficiente e o time da casa foi para o tudo ou nada, mas, com apenas quatro minutos restantes no relógio, o objetivo não foi alcançado e, graças a vitória do primeiro encontro, o Crewe retornou a Wembley após 15 anos.

Por Lucas Leite 

Lucas Leite
quarta-feira, 16 de maio de 2012 às 19:54

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