Eriksson mudou a cara do Leicester

No início da temporada, o Leicester que ainda era propriedade de Milan Mandaric tinha enormes desejos e acreditava em um acesso à Premier League. E para este tão ambicioso projeto trouxe o técnico português Paulo Sousa, que vinha de um bom trabalho frente ao Swansea City.


Mas os Foxes tiveram um terrível começo, onde chegaram a frequentar até mesmo a zona de rebaixamento da Championship.

O português não achava um estilo de jogo para a equipe  e com isso, nem mesmo King e Gallagher, destaques do time, conseguiam manter uma boa constância de jogos.

Com relação às transferências, o melhor nome trazido por Sousa foi seu conterrâneo Miguel Vítor, vindo do Benfica, mas que por enorme azar acabou lesionado pouco depois de chegar. E só agora está voltando.

Com o desenrolar da temporada ia se vendo que radicais mudanças eram necessárias. E durante este período de crise, Mandaric anunciou que estava negociando com um consórcio tailandês a venda do clube, e quando essa notícia veio a público, o negócio estava quase fechado.

Exatamente no dia primeiro de outubro de 2010, Paulo Sousa não resistiu e após um curto (ainda assim ruim) período no comando do Leicester foi demitido. Nisso, Milan Mandaric já não era mais o proprietário mas sim, apenas presidente e "preparava" o terreno para os tailandeses.

Somente dois dias depois da saída de Sousa, os Foxes anunciaram o nome do sueco Sven-Göran Eriksson e com isso, os tailandeses do "Jellyhammer" prometeram grandes mudanças, incluindo o acesso.

E parece que tudo isso deu certo, primeiro porque o ex-técnico da seleção inglesa chegou com muitíssima confiança e ainda por cima, acreditando no acesso.

Contando com o apoio dos novos proprietários ele conseguiu montar uma nova comissão técnica de sua inteira confiança e só então começou a trazer os fundamentais reforços. O primeiro deles foi Darius Vassell, que inclusive trabalhou com Eriksson no Manchester City, mas estava jogando na Turquia.

Enquanto todos criticaram a transação, o treinador pediu para que tivessem paciência com ele, e, pouco depois, o atacante já era titular nos Foxes.

Outros reforços de peso que ele trouxe foram os defensores do Chelsea Jeffrey Bruma e Patrick Van Aanholt, além disso, também contratou o marfinense Sol Bamba.

Mas a mais "galática" contratação foi o empréstimo de Yakubu, junto ao Everton. Hoje, o jogador é titular absoluto no 4-3-3 de Eriksson.

O último a chegar foi o goleiro Ricardo, que já teve passagens pela seleção portuguesa. Inicialmente ele iria ficar alguns meses, contudo, um contrato mais longo já é pensado.

Como já foi dito, jogadores como Gallagher e King não haviam se destacado sob o comando de Paulo Sousa. Mas com a chegada de Eriksson eles encaixaram perfeitamente no esquema e estão entre os melhores da temporada, sobretudo o capitão King.

Para se ter uma ideia, hoje, o Leicester é o sétimo colocado, com 52 pontos. Apenas dois a menos que o sexto, Leeds United.

Na próxima rodada, as "raposas" irão enfrentar o líder QPR e se vencerem, poderão finalmente entrar na zona dos "play-offs". Ao que parece, isso é possível, pela consistência do time da cidade de Leicester e por uma coisa que chama demais a atenção de todos, a forma com que a torcida está crendo em seu time e no trabalho de Eriksson.

Depois disso, não há dúvida alguma que Sven-Göran Eriksson mudou (radicalmente) a cara do Leicester.

Gilmar Siqueira
sexta-feira, 4 de março de 2011 às 15:30

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