Temporada perfeita garante título da League Two ao Gillingham

por Lucas Leite dia terça-feira, 11 de junho de 2013 às 23:33

O Gillingham sobrou no campeonato (Reprodução/Football 365)
Após dois oitavos lugares seguidos, a frustração deu lugar a alegria em Gillingham. Comandados por um ortodoxo Martin Allen, os Gills sobraram na temporada e venceram a League Two, primeiro título do clube em 48 anos.

Com passagens recentes por Barnet e Notts County, o treinador chegou sobre a desconfiança de parte da torcida, mas logo tratou de tranquilizar a todos. Apesar de permitir as saídas de Connor Essam e Jack Payne, Allen reforçou seu sistema defensivo com as contratações do ótimo goleiro Stuart Nelson, além dos zagueiro Adam Barrett e Leon Legge, sendo o último contratado no meio da temporada.

Não à toa, a defesa foi o ponto de maior destaque na campanha dos Gillingham. Com 18 clean sheets e apenas 39 gols sofridos em 46 rodadas, os Gills permaneceram intocáveis no topo da tabela durante 38 jogos, conquistando a promoção com três rodadas de antecedência.

No entanto, a melhor defesa Football League não é o único trunfo da equipe de Martin Allen. Trazido do Azerbaijão, o experiente atacante Deon Burton fechou a temporada com 13 gols, três a menos que Danny Kedwell, artilheiro da equipe na competição.

Responsáveis diretos por 29 dos 66 tentos do Gillingham na liga, os meias Chris Whelpdale e Myles Weston também merecem destaque pelo estilo de jogo rápido pelos lados do campo.

O que esperar do Gillingham na próxima temporada?

É de se esperar que o Gillingham se adapte com facilidade à League One e siga os passos do Swindon na terceira divisão. Após o primeiro título de sua carreira como treinador, Martin Allen certamente terá apoio financeiro para tentar voos mais altos.

Sem dar espetáculo, Hull City retorna à Premier League

por Gustavo Rodrigues de Vargas dia segunda-feira, 10 de junho de 2013 às 09:30

Festa: após três anos, o Hull City volta à primeira divisão
Com uma confortável diferença de sete pontos para o terceiro colocado Watford restando três partidas para o final da temporada regular, todos já davam o acesso como assegurado. Porém, uma sequência de atuações abaixo do esperado reabriu a disputa pela segunda vaga, jogando a pressão para a rodada final, quando o Hull City enfrentaria o já campeão Cardiff. Com contornos dramáticos (pênalti perdido e gol sofrido nos acréscimos), a classificação só foi garantida com a derrota dos Hornets para o Leeds United em pleno Vicarage Road. Apesar desses deslizes na reta final, o bom futebol dos Tigres prevaleceu durante boa parte da competição, e o principal objetivo da temporada foi alcançado, com o retorno à principal divisão do país após três anos. Se o time não dava espetáculo, compensava com vitórias. Magras, é verdade, mas importantes para o resultado final.

Diferentemente de torneios anteriores, onde o clube começava mal e se recuperava com a temporada em andamento, o Hull City começou com bons resultados. A manutenção da base das últimas temporadas foi fundamental para a boa largada, já que o time pouco fora modificado em relação ao que não terminou sequer entre os seis primeiros na Championship anterior. O principal investimento para a temporada foi para o banco de reservas. Steve Bruce, um técnico renomado no futebol inglês e acostumado a comandar clubes de primeira divisão, foi o escolhido para assumir o clube. Seu histórico como técnico poderia facilitar a contratação de reforços mais qualificados. E foi isso que se viu.

Do Sunderland, seu ex-time, foram contratados dois atletas que encaixaram no ousado esquema tático escolhido pelo treinador (que inovou, sendo um dos poucos da Inglaterra a utilizar três zagueiros na linha defensiva) e foram fundamentais para o bom rendimento do Hull City: Elmohamady, que foi anunciado ainda no começo do trabalho e chamou a atenção pelo excelente futebol, e David Meyler, meio campista pouco aproveitado por Martin O’Neil no elenco dos Black Cats, e que chegou já com a competição em andamento. O entendimento do volante irlandês com Corry Evans na linha de meio campo foi fundamental para o andamento do time. Os dois se destacaram pela boa marcação e pela qualidade na chegada ao ataque. Quando necessário, apareceram para decidir jogos, como na vitória sobre o Leeds United, quando ambos deixaram sua marca.

Outro que chegou com o torneio em andamento foi Robbie Brady, de boa passagem pelo próprio Hull City na temporada passada. Preterido por Alex Ferguson e buscando entrar na disputa por uma vaga na seleção irlandesa principal, o jovem meia se desligou do Manchester United. Brady jogou muito, repetindo a boa impressão deixada na temporada 2011/2012 e foi um dos grandes nomes do acesso. Quando a marcação pelo lado direito ficava mais forte sobre Elmohamady, era nele que os jogadores apostavam para uma jogada diferente. Para auxiliá-lo por aquele setor, Brady contava com a ajuda de Stephen Quinn, outro irlandês que também chegava com facilidade ao ataque.

Defesa forte, ataque carente

Mesmo não sendo atacante, Koren acabou como o artilheiro do Hull na temporada
Se a defesa foi o ponto mais estável do time durante toda a temporada, o ataque deixou a desejar. O saldo do Hull City foi inferior a todos os times que disputaram os play-offs e, além disso, o artilheiro foi um jogador de meio campo, o esloveno Robert Koren. A principal expectativa de gols para o campeonato era o alemão Nick Proschwitz, contratado junto ao Paderborn, da segunda divisão alemã. Custando £2.6m, o atacante não ganhou uma sequência no time titular, tendo marcado apenas cinco gols (três pela Championship). De qualquer forma, Proschwitz mostrou ter estrela, já que foi responsável pelo gol de empate contra o Cardiff no jogo derradeiro da temporada.

A escassez foi tanta que, em boa parte da temporada, Bruce optou por escalar apenas jogadores de movimentação, sem uma referência. Com a lesão de Sone Aluko, o técnico foi obrigado a mexer no seu setor ofensivo. O meia George Boyd, contratado em meio ao campeonato após ser reprovado em exames médicos no Nottingham Forest, chegou a atuar na função em alguns jogos. Apesar de ter uma boa chegada no ataque, o escocês não é um camisa 9 de fato, assim como o nigeriano. Matty Fryatt, jogador de área e de bom retrospecto em temporadas anteriores, foi prejudicado por uma grave lesão que o deixou fora dos gramados por oito meses. Apesar de ter voltado a tempo de disputar os jogos finais, não conseguiu marcar.

Os dois atacantes com melhor retrospecto foram Jay Simpson e Mohamed Gedo. Curiosamente, ambos não devem permanecer para a próxima temporada. O ex-atacante do Arsenal, de participação importante em alguns jogos, já acertou sua saída. Já o egípcio, que chegou do Al Ahly após a eliminação do time africano no mundial de clubes, deve voltar ao seu país após o encerramento do empréstimo. Ainda assim, por marcar cinco gols em tão pouco tempo, a direção do Hull City deve fazer uma proposta para contar em definitivo com o atleta.

Africanos fazem a diferença

Elmohamady, Aluko e Bruce: parceria de sucesso 
Em cada setor, pelo menos um africano aparecia com destaque. Abdoulaye Faye, Ahmed Elmohamady e Sone Aluko foram importantíssimos para a vitoriosa campanha do Hull City. Lançado por Steve Bruce no time profissional do Birmingham no ano de 2007, Aluko recusou propostas de times da primeira divisão para defender o clube. E o nigeriano foi fundamental para o excelente futebol mostrado pelos Tigers durante parte da temporada, sempre insinuante com seus dribles e sendo fundamental na tarefa de abrir espaço na defesa adversária. Uma grave lesão o tirou do campeonato ainda no mês de março. De qualquer forma, o saldo foi altamente positivo, já que Aluko foi o vice-artilheiro do clube na temporada, tendo marcado oito gols.

Um pouco mais para trás, na linha de meio campo, dessa vez um egípcio foi destaque: Ahmed Elmohamady, ex-Sunderland. Arma importante pelo lado direito de ataque e principal opção ofensiva do time, destacou-se também pelos importantes gols marcados, como o assinalado na vitória sofrida sobre o Derby County. Contratado como lateral, se transformou em um meia extremamente ofensivo e com notável qualidade em cruzamentos e dribles. Tamanho destaque fez com que o egípcio se transformasse no melhor jogador do Hull City na temporada, em eleição realizada após o término da competição.

Na defesa, o xerife foi Abdoulaye Faye. Acostumado a disputar a primeira divisão, o ex-zagueiro de West Ham e Stoke City foi fundamental para transmitir maior experiência ao time (ele atuou ao lado de James Chester e Jack Hobbs, dois jogadores mais jovens). O senegalês acabou se tornando um destaque já no começo da Championship, muito pela energia na defesa e os gols marcados no ataque, garantindo pontos importantes, como na vitória contra o Bolton. Mesmo com 35 anos, Abdoulaye Faye renovou seu contrato por mais uma temporada. Sendo assim, permanecerá no Hull City para a disputa da Premier League.

Eddie Howe + Bournemouth = promoção

por Lucas Leite dia domingo, 9 de junho de 2013 às 23:35

O técnico é adorado pelos torcedores (Reprodução/Cherries Chimes)
Depois de 26 anos, o Bournemouth está de volta à segunda divisão do futebol inglês. Em uma temporada marcada pelo retorno de Eddie Howe, os Cherries superaram um início de temporada ruim e conquistaram o vice-campeonato da League One.

Vindo de um décimo-primeiro lugar 2011/2012, o clima no Bournemouth era de entusiasmo. Desde março de 2012 no comando da equipe, o técnico Paul Groves fez algumas reformulações no elenco, trazendo, entre outros, os jovens Eunan O'Kane e Lewis Grabban, além do rodado goleiro David James.

Clique na imagem para ampliar (Reprodução/Statto)
Contudo, quando a bola começou a rolar, os Cherries não apresentaram o futebol esperado. Três vitórias nas 11 primeiras rodadas, além de uma eliminação na Copa da Liga diante do rival Portsmouth, colocaram o Bournemouth na zona de rebaixamento da League One. Os maus resultados custaram o emprego de Groves, que foi substituído por Eddie Howe.

Após quase dois anos no Burnley, o treinador retornava ao clube, para a alegria da torcida. Zagueiro do Bournemouth por quase uma década, Howe também foi bem sucedido à beira do gramado, conquistando vice-campeonato da League Two, em sua primeira passagem como treinador.

E troca no comando surtiu efeito rapidamente na equipe. Logo na partida de estreia de Howe, os Cherries confirmaram sua primeira vitória em Dean Court, após bater o Leyton Orient por 2x0. A vitória era apenas o início de uma série de 18 jogos sem perder.

Tal recuperação fizeram com que os comandados de Eddie Howe assumissem a vice-liderança do campeonato no fim de março, após uma vitória simples sobre o Colchester. No entanto, cinco derrotas nas cinco rodadas seguintes fizeram com que o time despencasse para o sétimo lugar.

Apesar do susto, Howe manteve elevada a confiança da equipe e, após oito vitórias consecutivas, o Bournemouth chegou a última rodada precisando apenas de uma vitória simples para garantir o título da League One. A vitória não veio, mas o empate contra o Tranmere foi suficiente para garantir o acesso à segunda divisão.

Futebol ofensivo, a chave para o sucesso

Se apenas 12 gols foram marcados durante a passagem de Paul Groves, Eddie Howe conseguiu tirar o melhor da equipe, utilizando praticamente os mesmos jogadores. Com um futebol envolvente, os Cherries anotaram 64 gols em 35 jogos, terminando o campeonato como melhor ataque da League One.

Entre os destaques da equipe, podemos citar o lateral direito Simon Francis, que contribuiu com oito assistências ao longo da campanha, o winger Matt Ritchie, contratado após excelente passagem pelo Swindon, além de Lewis Grabban e Brett Pitman, dupla responsável por 32 dos 76 gols da equipe durante o campeonato.

Até onde Eddie Howe pode levar o Bournemouth?

Depois de fracassar no Burnley, Eddie Howe tem uma nova chance de mostrar resultados na Championship. Com um orçamento mais modesto, a principal expectativa para essa primeira temporada deve ser escapar do rebaixamento. No entanto, o Bournemouth terá boas condições de fazer uma temporada sem sustos, caso consiga manter suas jovens estrelas e fazer algumas contratações pontuais para reforçar o sistema defensivo.

Apesar de temporada irregular, Rotherham retorna à League One

por Lucas Leite dia às 00:09

Frecklington é abraçado após o gol do acesso (Reprodução/The Star)
Após seis anos na League Two, o torcedor do Rotherham pode, enfim, sorrir novamente. Com um dos melhores elencos da competição, os Millers sofreram mais do que deveriam, mas confirmaram o acesso após cinco vitórias nas últimas cinco rodadas.

Mais do que tudo, a promoção é vista como a volta por cima de um clube que viveu vários problemas financeiros nos últimos anos. A primeira dificuldade veio logo no início da temporada 2006/2007, em que o clube foi rebaixado à quarta divisão após iniciar o campeonato com -10 pontos. 

Em sérias dificuldades, a equipe foi vendida a Tony Stewart, que viu logo de cara que seu trabalho não seria fácil. Logo em sua primeira temporada na League Two, a equipe teve outros 10 pontos deduzidos durante a competição. Apesar do cenário negativo, os Millers estiveram muito próximos de garantir um lugar nos play-offs ainda em 2008, mas terminaram a temporada regular na nona colocação. 

No ano seguinte, o United novamente viu suas expectativas frustradas, após perder mais 17 pontos. Como se não bastasse, as dívidas obrigaram o Rotherham a trocar o Millmoor - estádio usado durante quase um século - pelo Don Valley, situado na cidade vizinha de Sheffield. 

O trabalho de Stewart à frente do Rotherham só começou a dar frutos em 2009/2010. Com o clube praticamente livre de problemas financeiros e um ataque comandado pelo ótimo Adam Le Fondre (que anotou 27 gols na temporada), os Millers terminaram a liga em quinto, mas caíram para o Dag & Red, de Paul Benson e Danny Green, na final dos playoffs. 

Três treinadores diferentes nas duas temporadas seguintes quebraram o ritmo da equipe, mas tudo mudaria com a chegada de Steve Evans. Responsável por promover o Crawley em duas ocasiões, o polêmico escocês foi contratado para substituir Andy Scott, mas, restando apenas cinco partidas para o fim do campeonato, não causou o impacto necessário para garantir o time nos playoffs.

No entanto, as coisas mudaram em 2012/2013, quando Evans teve liberdade para reformular sua equipe. Com 10 contratações no início da temporada, o treinador montou um elenco muito superior ao nível da divisão e que, na teoria, subiria sem dificuldades.

Entretanto, na prática, os Millers não apresentaram o futebol esperado. Apesar de estrear com o pé direito no recém-inaugurado New York Stadium, goleadas sofridas para Southend, Port Vale e Dag & Red fizeram com que o clube passasse os primeiros três meses da competição na metade da tabela.

Na segunda metade da temporada, o time seguia mostrando inconsistência. Se por um lado, a equipe mostrava força ao derrotar Northampton e Oxford, por outro, derrotas para o Barnet e o rival Chesterfield colocavam a campanha em xeque.

Tais tropeços fizeram com o que United visse sua vaga entre os sete primeiros ameaçadas pelo Exeter, do artilheiro Jamie Cureton. E foi justamente contra os Grecians que o Rotherham arrancou para a tão sonhada promoção. Após golear o Exeter por 4x1, os Millers arrancaram para uma série de cinco vitórias, saltando do quinto lugar para a vice liderança.

Daniel Nardiello, o homem do acesso

Com a saída de Adam Le Fondre para o Reading, em 2011, o Rotherham perdeu grande parte de sua força ofensiva. A lacuna só foi preenchida nessa temporada, com a contratação de Daniel Nardiello. Oriundo das categorias de base do Manchester United, o atacante marcou logo em sua estreia, contra o Burton, mostrando que seria importante ao longo da campanha. Com 20 gols anotados durante a League Two, Nardiello terminou muito a frente de Lee Frecklington, vice-artilheiro do time, com nove gols. 

Crystal Palace vence playoffs e retorna à Premier League

por Lucas Leite dia sexta-feira, 7 de junho de 2013 às 13:30

Mesmo negociado, Zaha foi decisivo na reta final (Reprodução/The Times)
*Por Peter Linhem 

O Palace terminou a Championship em quinto lugar após uma temporada de altos e baixos, em que eles precisaram do último jogo para garantir um lugar nos play-offs.

Nos playoffs, eles reencontraram seu arqui-rival Brighton nas semifinais, depois de vencer e perder por 3x0 durante a temporada regular.  Essa rivalidade é um tanto quanto ortodoxa, uma vez que eles não são da mesma cidade e tem outros clubes mais próximos. No entanto, algumas partidas controversas na década de 70 provocaram a rivalidade, que não diminuiu com o tempo.

Após vários anos em divisões diferentes, eles só voltaram a se enfrentar quando os Seagulls venceram a League One em 2010/2011 e logo depois do Crystal Palace contratar Glenn Murray por meio de uma transferência livre. Murray, que, com 22 gols, foi o vice artilheiro do Brighton na terceira divisão, mas que optou por não renovar seu contrato e acertar sua transferência ao Palace.

O Brighton chegou às semifinais com um pequeno favoritismo, por terminar o campeonato em quarto e ter a vantagem de jogar a partida de volta em seus domínios. O favoritismo aumentou logo no início do confronto, quando Murray foi substituído e, imediatamente descartado para a partida de volta, após sentir uma lesão no joelho. Como o jogo de ida terminou sem gols, o Brighton começaria a segunda partida com uma vantagem ainda maior.

Apesar de ser sempre mais perigoso e manter a posse de bola no AMEX Stadium, o Brighton não conseguiu vencer o bloqueio defensivo do Crystal Palace e viu o excelente Wilfried Zaha - já contratado pelo Manchester United – decidir a partida, com dois gols que garantiram a vaga em Wembley. 

Na final, o Crystal Palace chegou novamente com status de zebra diante de um Watford, que terminou a competição em terceiro e tinha uma equipe repleta de jogadores “selecionáveis”. 

Pode-se dizer que as equipes se diferenciavam pela experiência que o Palace tinha. No banco de reservas estava Ian Holloway, treinador que esteve em duas das últimas três finais de playoffs, além de Kevin Phillips. E no segundo tempo, Holloway mandou Phillips a campo, mas o experiente atacante só teve algum impacto na primeira meta da prorrogação (ou seja, tardiamente), quando Zaha foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti.

Prestes a completar 40 anos, Kevin Phillips foi para a bola e marcou. O Watford ainda teve a segunda metade do tempo extra para reagir, mas não chegou a ameaçar o Palace, que garantiu a promoção

Crystal Palace passou por momentos difíceis nos últimos anos. Após uma única temporada na Premier League, em 2004/2005 -quando Andrew Johnson foi seu principal jogador - eles foram incapazes de competir na Championship. Com dificuldades financeiras que significaram uma dedução de pontos, o Crystal Palace evitou o rebaixamento em 2009/2010 após um empate dramático contra o Sheffield Wednesday, na última rodada. Na temporada seguinte, quando o Brighton conquistou o título da League One, o Palace terminou em vigésimo, apenas seis pontos acima da zona de rebaixamento.

Então, a situação do Palace sofreu uma virada nas últimas temporadas, mas ninguém poderia ter previsto que isso seria tão rápido. Após terminar 2011/2012 em 17°, eu realmente pensava que eles lutariam contra o rebaixamento com a venda de Darren Ambrose para o Birmingham e a iminente saída de Wilfried Zaha. Parece estúpido para a retrospectiva, mas o Palace também tinha perdido o promissor lateral Nathaniel Clyne e Gleen Murray havia marcado apenas seis vezes durante sua primeira temporada pelos Eagles.

E eu não estava sozinho. Na prévia da Championship feita pelo Guardian, o torcedor que representava o Crystal Palace apostava que a equipe terminaria na metade de baixo da tabela, em 15°, além de mencionar que seria um progresso se eles pudessem passar longe da zona de rebaixamento.

Portanto, pode-se dizer que essa temporada veio do nada. Freedman era visto como um técnico decente que havia trabalhado apenas no Crystal Palace - da mesma forma que Alan Shearer no Newclastle - com a diferença que Freedman apenas lutou contra o rebaixamento.

O Crystal Palace, na verdade, começarou como esperado, com três derrotas consecutivas que os deixou na parte inferior da tabela, mas, em seguida, eles somaram 14 partidas sem perder, sendo 11 vitórias que os colocaram na parte de cima da tabela na metade de novembro. A campanha fez com que Freedman fosse visto como um técnico promissor e ele logo se juntou ao Bolton. Sem técnico, o Palace não demorou muito tempo para contratar Ian Hollway. Freedman deixou o clube no final de outubro, quando eles ocupavam o quarto lugar, e Holloway assumiu a tempo de ver a goleada por 5x0 sobre o Ipswich, que rendeu o primeiro lugar da competição.

Mas a sensação entre torcedores e especialistas é que Freedman foi o técnico mais bem-sucedido do campeonato. Basta comparar seu retrospecto com o de Holloway. Sob o comando de Freedman, o Palace venceu seis, empatou duas e perdeu apenas três partidas, enquanto Holloway ganhou apenas 11 de seus 32 jogos, tendo empatado 12 vezes e perdido nove. Mas o que as estatísticas não dizem é que o Palace não precisava vencer muitos jogos, mas sim manter um lugar na zona dos playoffs. É uma grande conquista ganhar os playoffs, mas o que será interessante ver o quanto a diretoria confiará em Ian Holloway se eles começarem mau a temporada ou como seria se eles não tivessem vencido a pós-temporada.

O que o futuro reserva para o Crystal Palace?

Esta é uma pergunta óbvia, mas muito difícil de ser respondida. O Crystal Palace não tinha o melhor elenco, nem sequer o quinto melhor da Championship, mas eles tiveram uma boa sequência no início e duas das principais estrelas da temporada (Murray e Zaha), juntamente com um goleiro confiável (Julian Speroni), um cão-de-guarda no meio campo (Mile Jedinak) e um winger habilidoso (Yannick Bolasie), que foram comprados a preço de banana e que ninguém esperava que fizessem muita diferença. Mas Jadinak mostrou um estilo parecido ao de Fellaini no meio campo do Palace, e Bolasie atuou como Zaha do outro lado do campo, sendo recompensado com um lugar no time da temporada. Um Zaha com menos físico e mais confiança em seus dribles.

O problema agora é que Zaha pertence ao Manchester United. Um novo empréstimo ao Crystal Palace na próxima temporada ainda não foi totalmente descartado, mas, caso isso não aconteça, eles terão uma grande lacuna para preencher. Bolasie é um substituto pronto, mas ele não deve ter tanto espaço se seus adversários não tiverem mais que se preocupar com Zaha na outra ala. Isso também significaria que os Eagles precisariam de um novo atacante para atuar com Bolasie ou eles continuariam jogando com meias centrais improvisados, como Jonathan Williams (apelidado de "Joniesta"), que é um jogador excelente, mas que não é um winger de origem. Com Glenn Murray provavelmente fora de toda a temporada, devido àquela lesão no joelho, significa que eles não tem um bom atacante e provavelmente precisarão ir às compras. Wilbraham mostrou pouco nos playoffs e Kevin Phillips, que fará 40 anos, está apenas emprestado pelo Blackpool. 

Eu não estou muito preocupado com o seu meio-campo, que é sólido, mas também ofensivo, principalmente com Owen Garvan, que atuou meia-atacante. O problema pode ser a falta de um playmaker, se eles não tiverem confiança em Williams, que tem capacidade para atacar e defender, apesar de seu porte físico frágil.

A preocupação maior pode ser a defesa, que tem alguns jogadores decentes, mas que provavelmente não são bons o suficiente e que não jogam juntos há muito tempo. Muitos deles provavelmente devem continuar, mas eles deveriam contratar no mínimo um zagueiro para comandar a defesa.

Eu também não acredito que o Crystal Palace vai se limitar a fugir do rebaixamento como previsto, porque até a quantidade de dinheiro recebida pelos menores clubes da Premier League é suficiente para fazer grandes transferências e, como o Southampton, eu espero que eles descubram algum jovem jogador em suas categorias de base. O problema é saber se eles serão cautelosos com os gastos, assim com o Reading ou o Blackpool dirigido por Holloway, pois aí eu não acho que eles terão muita chance, infelizmente. Afinal, eu sequer tinha certeza que eles poderiam sobreviver na Championship.

*Peter A. Linhem é sueco e tem enorme interesse por futebol inglês, especialmente pelas divisões da Football League. Visite o seu blog (em sueco) siga-o no twitter.

Após uma década na Football League, Yeovil ascende à segunda divisão

por Lucas Leite dia quinta-feira, 6 de junho de 2013 às 17:52

Johnson e Madden levaram o Yeovil a outro nível (Reprodução/BBC)
Antes do início da temporada, ninguém poderia imaginar que um dos menores clubes da League One encerraria maio comemorando uma inédita promoção à Championship. Único representante de uma cidade de 40 mil habitantes, os Glovers foram fundados em 1895, mas, apenas em 2003, conquistaram o acesso a uma divisão profissional da Inglaterra.

Assim como em 2012/2013, Gary Johnson foi o homem por trás da inédita promoção. Sob o comando do treinador, os Glovers conquistaram os títulos da Conference e da League Two, em um intervalo de apenas duas temporadas.

O excelente desempenho de Johnson à frente do Yeovil chamou a atenção do Bristol City, que pagou uma compensação financeira para contar com os trabalhos do treinador. Nos cinco anos em que esteve à frente dos Robins, Gary Johnson passou por altos e baixos. Em sua temporada mais notável, o treinador levou o Bristol ao sexto lugar da Championship, sendo derrotado na final dos playoffs pelo Hull City, de Dean Windass.

Nas temporadas seguintes, o comandante levou o Bristol a dois décimos lugares, antes de uma curta passagem pelo Peterborough e uma péssima campanha à frente do Northampton. Mas em 2012, após a demissão de Terry Skiverton, Johnson voltou a se reencontrar com o Town.

Assumindo a equipe na zona de rebaixamento, Johnson logo mostrou suas qualidades e, com 30 pontos em 19 partidas, evitou que os Glovers retornassem à quarta divisão. Mas o melhor ainda estava por vir.

Com um orçamento modesto e apenas 21 jogadores à disposição, Gary Johnson superou todas as expectativas, guiando o Yeovil ao quarto lugar da League One. Nos play-offs, o clube de Somerset passou pelo Sheffield United nas semi-finais, antes de derrotar o jovem time do Brentford, em Wembley.

Se Gary Johnson foi vital á beira do gramado, alguns jogadores também merecem destaque pela ótima temporada. Com 13 gols e 21 assistências durante a campanha, os meias centrais Ed Upson e Sam Foley impressionaram, assim como o jovem atacante Kevin Dawson, autor do gol que eliminou o Sheffield United na semi-final dos playoffs.

Entretanto, ninguém foi mais importante que Paddy Madden. Encostado no Carlisle, o irlandês chegou ao Yeovil por meio de uma transferência livre e logo em sua primeira temporada anotou incríveis 23 gols.

O que esperar do Yeovil na próxima temporada?

Se por um lado, o Yeovil não pode competir financeiramente com os grandes clubes da Championship, por outro, o olhar clínico de Gary Johnson pode ser um diferencial. Assim como o ex-técnico do Southampton, Nigel Adkins, Johnson consegue encontrar bons nomes em divisões inferiores e mercados esquecidos, como o irlandês. A permanência de Paddy Madden também é fundamental se o clube quiser algo além da permanência na segunda divisão.

Pope e o pequeno milagre de Vale Park

por Lucas Leite dia quarta-feira, 5 de junho de 2013 às 23:35

Tom Pope ganhou tudo o que tinha direito (Reprodução/This is Staffordshire)
Nove meses. De março a novembro - período em que esteve em administração - o Port Vale ficou impedido de negociar jogadores com outros clubes, além de sofrer uma dedução de 10 pontos em 2011/2012. As dificuldades financeiras, no entanto, não foram sentidas no gramado durante a última campanha. Apresentando um futebol vistoso na primeira metade da temporada, o Vale garantiu o acesso direto e retornou à League One, após cinco anos na divisão mais baixa da Football League.

É inevitável mencionar Tom Pope como principal responsável pela promoção dos Valliants. Melhor jogador e artilheiro da League Two, com 33 gols, o ex-atacante do Crewe deu provas de sua importância desde o início, como quando marcou quatro vezes na goleada sobre o Rotherham. Além dos inúmeros tentos, Pope ainda rendeu quando precisou sair da área, assistindo seus companheiros 12 vezes durante a competição.

Contratado na segunda metade da temporada, Lee Hughes também exerceu um papel importante no momento mais delicado da equipe. Quando Pope passou 11 jogos sem ir às redes, foi o experiente atacante quem assumiu a responsabilidade, marcando 10 gols em 18 jogos. Destaque para o hat-trick nos 7x1 sobre o Burton e gol de empate sobre o Wycombe, no jogo que confirmou o acesso direto do Vale.

O homem por trás da promoção

Após rescindir com o Port Vale para assumir o Sheffield United, em 2010, Micky Adams tinha tudo para ficar marcado negativamente pela torcida. Mas não foi isso que aconteceu. Demitido após o rebaixamento dos Blades, Adams retornou ao Vale disposto a terminar um "trabalho inacabado".

Mesmo prejudicado pela falta de recursos financeiros e uma dedução de 10 pontos, o treinador fez uma temporada consistente em 2011/2012 e, durante boa parte da temporada, lutou por um lugar na zona dos play-offs. O mérito de Adams  foi ainda maior nessa temporada, uma vez que, sem poder contratar, o treinador precisou achar substitutos dentro do elenco para repor as saídas de Lee Collins e do artilheiro Marc Richards. Não restam dúvidas que, sobre o comando de Micky Adams, o Port Vale tem tudo para fazer uma boa campanha na próxima temporada da League One.

Bradford coroa excelente temporada com o acesso à League One

por Lucas Leite dia terça-feira, 4 de junho de 2013 às 23:48

O acesso premiou o excelente trabalho de Phil Parkinson (Reprodução/Bet 365)
Após cinco anos e algumas temporadas medíocres na League Two, o Bradford enfim confirmou seu retorno à terceira divisão. Impulsionados pelo vice-campeonato da Capital One Cup, os Bantams arrancaram no segundo turno para garantir o sétimo lugar e a última vaga para os play-offs.

No mata-mata, os comandados de Phil Parkinson sofreram para passar pelo Burton, nas semi-finais, mas não encontraram nenhuma dificuldade diante do Northampton, em Wembley. Apresentando o melhor de seu futebol, o Bradford decidiu a partida em apenas 30 minutos, com gols dos fundamentais James Hanson, Rory McArdle e Nahki Wells.

No entanto, nem o mais otimista dos torcedores apostaria em resultados tão bons, antes do início da temporada. Depois de evitar o rebaixamento em 2011/2012, Phil Parkinson optou por fazer uma grande reformulação no elenco. Nomes familiares dos torcedores, como Michael Flynn e Lee Bullock foram dispensados, enquanto Gary Jones e Nathan Doyle lideraram a extensa lista de reforços.

Apesar da mudança drástica no plantel, o clube não demorou a colher frutos. Nos primeiros três meses da temporada, sete vitórias colocaram os Bantams na quinta colocação. Em paralelo à League Two, a equipe seguia viva na Copa da Liga, eliminando Notts County, Watford e Wigan.

Conforme a Copa da Liga ia se afunilando, maiores eram os desafios enfrentados. Com direito a grande atuação de Gary Jones, o Bradford controlou a partida contra o time completo do Arsenal, mas só garantiu a classificação nas cobranças de pênalti.

Nas semi-finais, foi a vez dos Bantams elimnarem o Aston Villa, com uma vitória por 3x1 em Valley Parade e uma derrota por 2x1 em Villa Park. A festa pela inédita classificação a uma final de Copa só não foi maior porque o Swansea não deu chances para o azar e goleou por 5x0 em Wembley.

Era natural que uma derrota tão pesada abalasse a confiança da equipe, mas não foi bem isso que aconteceu. Com apenas duas derrotas nas últimas 12 rodadas, o Bradford saltou do décimo-segundo para o sétimo lugar, antes de garantir o acesso via pós-temporada.

Elenco valioso; custo reduzido

A folha salarial de £7,5 mil por semana não foi um empecilho para que Phil Parkinson montasse uma equipe que cumprisse suas expectativas. O experiente Matt Duke foi um dos pilares na aventura pela Copa da Liga e fundamental durante a temporada da League Two. Excelente no ataque e na defesa, Stephen Darby também mostrou que tem condições de se manter na lateral direita para a próxima temporada. 

No entanto, nenhum setor é tão bem representado quanto a faixa central da defesa. Luke Oliver, James Meredith e Carl McHugh esbanjaram solidez quando foram exigidos, mas Rory McArdle é quem merece o maior destaque. As atuações sólidas e os gols importantes - como na vitória sobre o Aston Villa - renderam ao jovem zagueiro um lugar na seleção principal da Irlanda do Norte. 

No meio campo, Garry Thompson e Will Atkinson fizeram bem seus papéis pelos lados do campo, enquanto Gary Jones dominou a faixa central, mesmo no auge de seus 35 anos. Dono de uma técnica apurada, o capitão ditou o ritmo da equipe e contribuiu com 13 assistências e dois gols durante a campanha. 

Certamente, muitas dessas assistências foram distribuídas a James Hason e Nahki Wells. Após três anos trabalhando como empacotador em um supermercado e atuando por equipes amadoras, Hanson se transferiu ao Bradford em 2009, mas essa foi sem dúvida sua temporada de maior destaque. Com 15 gols anotados, o atacante terminou a temporada como vice-artilheiro, atrás apenas de Nahki Wells. 

Natural de Bermudas, Wells marcou nada mais, nada menos que 26 gols em sua segunda temporada como profissional. Muito além das bolas na rede, o atacante se mostrou versátil, podendo atuar tanto à frente do ataque, quanto pelos lados do meio campo.

O homem por trás da promoção

No Bradford desde 2011, Parkinson viu no Bradford a chance de recuperar sua carreira, após trabalhos fracos por Hull City e Charlton. Com um estilo de jogo muito parecido ao adotado pelo Swindon na temporada de acesso à League One, Parkinson formou uma equipe compacta e muito difícil de ser batida. O trabalho do ex-meia do Reading foi reconhecido também pela Football League, que o nomeou como melhor treinador da temporada.

League Two terá dois velhos conhecidos na próxima temporada

por Lucas Leite dia segunda-feira, 3 de junho de 2013 às 12:56

Após cinco anos, o Mansfield retorna à League Two (Reprodução/ITV)
A partir de hoje, o blog inicia uma série de postagens sobre os clubes que conseguiram acessos em suas respectivas divisões. Falaremos desde os times da Championship que irão à Premier League até os que entraram na Football League, passando pelos rebaixados da máxima divisão do futebol inglês. Os primeiros a serem analisados serão Mansfield e Newport, recém-chegados da quinta divisão. 

Após bater na trave, Mansfield mantém a base e se sagra campeão

Depois de ser eliminado pelo York na semi-final dos play-offs em 2011/2012, o Mansfield iniciou a última temporada de forma irregular, mas tudo mudou no início de 2013, após a derrota para o Liverpool, em jogo válido pela terceira fase da FA Cup. Apesar da eliminação - consumada com um gol polêmico de Luis Suarez - os Steads fizeram da boa atuação um combustível para sua arrancada na segunda metade do campeonato. Somando 20 vitórias nos 24 jogos seguintes, os comandados de Paul Cox saltaram da nona colocação para o primeiro lugar, que fora garantido apenas na última rodada, após uma vitória apertada sobre o Wrexham.

Além do treinador, no clube desde 2011, outros dois atletas merecem destaque na temporada de sucesso do Mansfield. Assistente técnico e capitão do time, Adam Murray perdeu a primeira parte da temporada devido a uma lesão, mas foi fundamental no returno. Formado pelo Derby, o experiente meia dominou a faixa central do campo com sua excelente visão de jogo e passes precisos.

Se Murray era a inspiração no meio campo, Matt Green foi o responsável por marcar os gols. Os 25 tentos anotados durante a competição fizeram com que o atacante conquistasse os prêmios de artilheiro e melhor jogador da Conference.

Por mais que o presidente do clube projete jogar a Championship em um futuro não muito distante, a permanência de suas estrelas é fundamental para que o Mansfield desempenhe um bom papel na League Two, após cinco anos longe da quarta divisão.

Newport confirma temporada bem-sucedida dos galeses na Inglaterra

A vitória sobre o Wrexham, na final dos play-offs, foi mais um degrau vencido no renascimento do Newport. Fundado em 1912, o Newport County não suportou, em 1989, o rebaixamento à quinta divisão do futebol inglês e acabou decretando falência. Mas o que parecia ser o fim para os Ironsides foi encarado como um novo começo. 

Refundado ainda no mesmo ano como Newport AFC, os galeses precisaram de 21 temporadas para saltar da nona divisão à Conference. Apesar de uma boa temporada de estreia na quinta divisão, o clube lutou para evitar o rebaixamento no ano seguinte. No entanto, as coisas mudaram drasticamente no início da última temporada, quando Les Scalding - que, em 2009, ganhou £45.5 milhões na loteria - assumiu a presidência do clube. 

O novo mandatário resolveu apostar na manutenção do técnico Justin Edinburgh, que devolveu a confiança em seu trabalho conquistando o acesso logo em sua primeira temporada completa. Com suporte financeiro necessário, o ex-zagueiro do Tottenham reformou completamente a equipe, tendo o sistema ofensivo como seu principal trunfo. Contratados por meio de transferências livres, Christian Jolley e Aaron O'Connor mostraram estar muita acima do nível do campeonato, anotando, juntos, 35 gols durante a temporada. O ala esquerdo Andy Sandell também merece destaque pelos oito gols marcados na quinta divisão. 

Com um dono ambicioso e a manutenção de suas principais peças, o Newport, assim como o Mansfield, tem tudo para fazer uma boa temporada no retorno à Football League. Ao menos, é o que os torcedores esperam há 24 anos. 

Ups and downs

por Lucas Leite dia segunda-feira, 27 de maio de 2013 às 18:18

Festa do Crystal Palace, após o retorno à Premier League (Reprodução/BBC)
Após dez meses e 1665 de partidas disputadas, as divisões inferiores da Inglaterra chegaram ao fim. Entre os principais momentos da temporada, pode-se destacar os surpreendentes acessos de Yeovil e Bournemouth, além das campanhas impecáveis de Cardiff, Bradford e Gillingham.

Entretanto, nem todos tiveram o que comemorar. Wolverhampton e Portsmouth amargaram um segundo rebaixamento consecutivo, enquanto o Barnet, de Edgar Davids, retornou à quinta divisão após sete anos na League Two. Confira, abaixo, todos os promovidos e rebaixados de cada divisão.

Championship

Promovidos: Cardiff, Hull City e Crystal Palace
Rebaixados: Peterborough, Wolverhampton e Bristol City

Time da temporada: David Marshall (Cardiff), Kieran Trippier (Burnley), Wes Morgan (Leicester), Mark Hudson (Cardiff), Wayne Bridge (Brighton), Wilfried Zaha (Crystal Palace), Thomas Ince (Blackpool), Peter Whittingham (Cardiff), Yannick Bolasie (Crystal Palace), Glenn Murray (Crystal Palace), Matej Vydra (Watford).

League One

Promovidos: Doncaster, Bournemouth e Yeovil
Rebaixados: Scunthorpe, Bury, Hartlepool e Portsmouth

Time da temporada: Wes Foderingham (Swindon), Simon Francis (Bournemouth), Robert Jones (Doncaster), Harry Maguire (Sheffield United), Charlie Daniels (Bournemouth), Matt Ritchie (Bournemouth), Luke Murphy (Crewe), Alan Judge (Notts County), David Cotterill (Doncaster), Patrick Madden (Yeovil), Leon Clarke (Coventry)

League Two

Promovidos: Gillingham, Rotherham, Port Vale e Bradford
Rebaixados: Barnet e Aldershot

Time da temporada: Stuart Nelson (Gillingham), Sean Clohessy (Southend), Adam Barrett (Gillingham), Ryan Cresswell (Southend), Joseph Martin (Gillingham), Jacques Maghoma (Burton), Marlon Pack (Cheltenham), Gary Jones (Bradford), Jennison Myrie-Williams (Port Vale), Tom Pope (Port Vale), Jamie Cureton (Exeter).

*O blog promete analisar, um a um, todos os promovidos nas próximas semanas.

Quem são os melhores jogadores da temporada?

por Lucas Leite dia segunda-feira, 25 de março de 2013 às 17:35

A juventude prevaleceu na eleição da Football League
Em cerimônia realizada na noite do último domingo, a Football League elegeu os destaques da temporada. Entres as principais premiações, foram eleitos os principais destaques de cada divisão, além do melhor jogador jovem de 2012/2013. O blog apresenta os vencedores.

Na League Two, o título de melhor jogador da competição coube ao artilheiro da competição. Mesmo há 11 jogos sem marcar, Tom Pope, do Port Vale, venceu a disputa contra os experientes Jamie Cureton, do Exeter, e Gary Jones, do Bradford. O ex-jogador do Rotherham soma impressionantes 27 gols na temporada, sendo cinco contra seu ex-clube.

Eleito o destaque da League Two em 2011/2012, Matt Ritchie desbancou Alan Judge, do Notts County, e Leon Clarke, do Coventry, para levar o premio de melhor jogador da League One. Apesar de ainda não ter engrenado no Bournemouth, o winger foi um dos pilares do Swindon de Paolo Di Canio no primeiro semestre, contribuindo com nove gols e dez assistências.

Ao contrário das outras divisões, a Championship teve um vencedor estrangeiro nessa temporada. Contratado por empréstimo junto à Udinese, Matej Vydra mostrou que seria importante desde o início, marcando cinco gols em seus primeiros três meses. Formando uma dupla mortal ao lado de Troy Deeney, o tcheco é responsável por 20 gols e cinco assistências ao longo da segunda divisão.

Da Championship também vem o melhor jogador jovem do ano. Com 18 gols e dez assistências, Tom Ince venceu as constantes trocas de comando no Blackpool e a concorrência de Vydra e Wilfried Zaha, que tentava o bi-campeonato pelo Crystal Palace.

De zero a dez: o resumo do fim de semana da Football League

por Lucas Leite dia terça-feira, 5 de março de 2013 às 15:43

Após uma pausa forçada, o "De zero a dez" retorna trazendo o que de melhor e pior aconteceu nas rodadas do último fim de semana da Football League. Confira abaixo.

Nota 0 - York City. Os Minstermen chegaram ao 11° jogo sem vitória, após perder para o Bradford. A péssima sequência custou o emprego do técnico Gary Mills.

Nota 1 - Bournemouth. Após 21 jogos de invencibilidade na League One, os Cherries perderam a quarta partida seguida e despencaram para a sétima posição.

Nota 2 - Stevenage. Tido como candidato aos play-offs até a primeira metade da temporada, o Boro recebeu o Colchester e acumulou sua sexta derrota consecutiva. Os comandados de Gary Smith somaram apenas seis dos últimos 39 pontos disputados.

Nota 3 - Burton. Após a surpreendente derrota para o Bristol Rovers, os Brewers viram a diferença para o vice-líder Port Vale aumentar para quatro pontos e a vantagem sobre Exeter, Northampton e Cheltenham cair para apenas um.

Nota 4 - Wolverhampton. O gol de Bakary Sako, aos 47 do segundo tempo, impediu a derrota para o Watford, mas não evitou que a sequência sem vitórias dos Lobos aumentasse para 13 jogos.

Nota 5 - Portsmouth. A vitória sobre o Crewe foi a primeira do Pompey - que segue na zona de rebaixamento da League One - em 24 jogos.

Nota 6 - Bristol City. O empate sem gols contra o Blackpool não bastou para deixar a lanterna da Championship, mas a melhora desde a chegada de Sean O'Driscoll é visível. Sob o comando do treinador, os Robins somaram 13 pontos em nove jogos.

Nota 7 - Sheffield United, que manteve a vice-liderança da League One, após somar seu quinto clean sheet consecutivo.

Nota 8 - Dwight Gayle. Grande contratação do Peterborough na temporada, o atacante anotou um hat-trick na vitória por 3x2 sobre o Blackburn.

Nota 9 - Craig Dawson. Autor de quatro gols em três jogos, o zagueiro assegurou mais uma vitória ao Bolton, que vem crescendo na Championship.

Nota 10 - Hull City. Com show da dupla George Boyd e Mohamed Gedo, os Tigers golearam o Birmingham e recuperaram a vice-liderança da Championship.

O preço do sucesso

por Lucas Leite dia sexta-feira, 1 de março de 2013 às 22:02

No último domingo, o Swansea venceu sem dificuldades o Bradford e conquistou o primeiro grande título de sua história. Menos de uma semana depois, Vincent Tan revelou que considera a possibilidade de mudar o nome do Cardiff City para Cardiff Dragons, caso a promoção para a Premier League seja confirmada.

A distancia é maior do que parece
A medida especulada pelo dono malaio daria sequência ao rebranding iniciado no início da temporada com a troca do escudo e a mudança das cores do primeiro uniforme do clube, de azul para vermelho.

Apesar da revolta de uma parte dos torcedores, as dívidas astronômicas e a promessa de rios de dinheiro fizeram com que a maioria se conformasse com a mudança. Uma alteração no nome, entretanto, seria um passo muito longo a ser dado.

Caso confirme o acesso para a Premier League, os olhos do mundo estarão voltados ao clube que, se mudar de nome, perderá a identidade no melhor momento de sua história.

Há nove anos, Huw Jenkins assumiu a presidência do Swansea e, com uma administração impecável, fez com que o clube saltasse da quarta para a primeira divisão. Antes que seja tarde, os proprietários estrangeiros do Cardiff deveriam olhar para o maior rival e entender que é possível prosperar respeitando os torcedores e as tradições do clube.

Comunicado

por Lucas Leite dia quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 às 19:10

O blog acredita que a melhor forma de divulgar as divisões inferiores da Inglaterra no Brasil é familiarizando os leitores com a Football League em si. Portanto, já a partir da próxima semana, o formato será diferente ao adotado no último ano: as prévias e resumos das rodadas serão substituídos* por textos opinativos e editorias que darão mais conteúdo ao blog. Esperamos que a mudança agrade a todos!

*Os resultados e principais destaques de cada rodada ainda serão divulgados em nossa página do Facebook. Se você ainda não curtiu, clique aqui.

Football League Preview: 26 e 27 de fevereiro

por Lucas Leite dia terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 às 14:39

O estádio verá um confronto direto contra o rebaixamento (Reprodução/Plymouth)
As rodadas do fim de semana mal chegaram ao fim e grande parte das equipes voltam a entrar em campo já nesta terça-feira. Como sempre, o blog te mostra quais jogos merecem atenção.

Após ser goleado na última rodada, o Exeter aposta no provável retorno do goleiro Artur Krysiak para somar sua 11ª vitória longe de casa. Para isso, os Grecians precisarão bater o Port Vale, que conta com as voltas de Lee Hughes e Ben Williamson para seguir buscando a liderança da League Two.

No outro extremo da tabela, o AFC Wimbledon tenta manter o bom retrospecto diante do Plymouth. Derrotado apenas duas vezes em 2013, os Wombles tem como principal dúvida para a partida o zagueiro Jonathan Meades. Em contrapartida, pelo lado do Argyle, Nick Chadwick retorna ao ataque, após cumprir seis jogos de suspensão.

Em Valley Parade, no jogo que encerra a rodada, o Bradford recebe o Dagenham & Redbridge disposto a curar a ressaca da derrota para o Swansea, na final da Copa da Liga. Para a partida, no entanto, os Bantams não terão o arqueiro Matt Duke, expulso contra os cisnes, à disposição. No lado inimigo, Wayne Burnett deve manter o mesmo time recentemente derrotado por Gillingham e AFC Wimbledon.

Atual líder da League One, o Sheffield United aposta na força de Bramall Lane para vencer o Leyton Orient e ampliar para cinco sua série de triunfos. O único desfalque dos Blades para a partida é o atacante Jonathan Forte, com uma lesão na virilha; nos visitantes, Martin Rowlands segue como dúvida.

Depois de perder duas partidas seguidas e despencar da liderança para o sexto lugar, o Bournemouth mede forças contra o Coventry que, ainda sem técnico, tenta se aproximar da zona dos play-offs. Se por um lado, Tommy Elphick e Charlie Daniels desfalcam os Cherries, por outro, Aaron Martin tem condições de estrear nos Sky Blues, após ser contratado por empréstimo.

No Victoria Park, o Hartlepool - que não perde há seis jogos - encara o Crewe disposto a diminuir ainda mais a diferença para o primeiro clube fora da zona de rebaixamento. No Alexandra, que busca sua quarta partida seguida sem derrota, AJ Leitch-Smith deve ser a principal novidade.

Única divisão sem rodada completa no meio de semana, a Championship abre espaço para confrontos de opostos, entre Burnley x Huddersfield e Bolton x Peteroborough, além de Leicester x Blackburn, candidatos a uma vaga entre os seis melhores.

Sem nenhum problema de lesão ou suspensão para a partida, Dougie Freedman deve mandar a campo o mesmo Bolton que goleou o Hull no fim de semana. Pelo lado do Posh, Davide Petrucci pode aparecer entre os titulares, após se recuperar de lesão.

Enquanto isso, em Turf Moor, o Burnley tenta enfim assumir um lugar entre os dez primeiros do campeonato. Para isso, os Clarets - que não contarão com Ben Mee, Michael Duff e Ross Wallace - tem de derrotar o Huddersifeld, do estreante Theo Robinson.

O grande jogo da divisão, porém, será disputado no King Power Stadium. Enquanto o Leicester, que ainda não venceu nenhuma em fevereiro, podem ter o artilheiro David Nugent como principal desfalque, Steve Kean tenta driblar sua enorme lista de lesionados para encostar na zona dos play-offs.

Clique aqui e confira o horário de todos os jogos do meio de semana

Football League Review: 23 e 24 de fevereiro

por Lucas Leite dia segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013 às 19:28

A vitória dramática tirou os Robins da lanterna (Reprodução/Bristol City)
Durante o fim de semana, a bola rolou para as divisões inferiores da Inglaterra e com elas vieram algumas surpresas. O blog repercute os principais resultados da última rodada.

Na League Two, Gillingham e Port Vale venceram pela contagem mínima e se mantiveram nas duas primeiras colocações. Quem agora faz companhia aos dois no Top Three é o Burton, que chegou a sétima vitória seguida após golear o Exeter em casa. 

Logo atrás dos Brewers vem o Northampton, que fez o simples diante do Plymouth. Clive Platt, já nos minutos finais do segundo tempo, se aproveitou de trapalhada do goleiro Jake Cole para marcar o único tento dos Cobblers na partida. 

Pela League One, o Tranmere pôs fim a uma série de quatro partidas sem vitória ao golear o Colchester longe de seus domínios. Os  gols do Rovers foram anotados por Max Power, Jean-Louis Akpa Akpro, Ash Taylor, Cole Stockton e Michael O'Halloran; Magnus Okuonghae marcou o único gol dos U's na partida. 

Em Dean Court, o Bournemouth recebeu o Sheffield United e acabou derrotado pelo rival, que assumiu a ponta da tabela. O gol solitário de Jamie Murphy foi suficiente para garantir a quarta vitória seguida dos Baldes na competição. Em contrapartida, os Cherries - que perderam a segunda seguida - despencam do primeiro para o sexto lugar. 

Enquanto isso, na Championship, o destaque ficou por conta da surpreendente vitória do Bolton ante o Hull City. Apoiados pela torcida, os Trotters precisaram de apenas oito minutos para abrir três gols de vantagem, com  Darren Pratley, Mark Davies e Craig Dawson. No segundo tempo, Robbie Brady descontou para os Tigers, mas Dawson, mais uma vez, tratou de impedir qualquer reação.

Sabendo da derrota de seu principal concorrente, o Cardiff visitou o Wolverhampton no domingo e, apesar do sofrimento, contou com dois gols de Fraizer Campbell para voltar a abrir oito pontos de vantagem na liderança.

Em Ashton Gate, o Bristol City fez valer o mando de para vencer confronto direto contra o Barnsley e deixar a lanterna do campeonato. Com dois gols anotados, Jon Stead foi fundamental para assegurar a vitória em um eletrizante cinco a três. A derrota interrompe uma sequência de quatro vitórias dos Tykes, que permanecem uma posição acima da zona de rebaixamento.

Bradford é atropelado pelo Swansea na final da Copa da Liga

O esforço do time foi reconhecido pela torcida 
Sob os olhares de 82 mil torcedores que lotaram Wembley, o Swansea fez valer a favoritismo e não tomou conhecimento dos Bantams. Acuado desde o início, o Bradford ficou em desvantagem logo aos 16 minutos, quando Miguel Michu bateu cruzado e Nathan Dyer completou no rebote. Destaque dos cisnes na temporada, o espanhol dobrou a vantagem aos 40 minutos, após passe de Pablo Hernandez. Com o titulo encaminhado, os comandados de Michael Laudrup poderiam aproveitar o intervalo para jogar CaçaNiqueisGratis.net  e voltarem relaxados para os 45 minutos finais, mas não foi bem isso que aconteceu. Dyer e Jonathan de Guzman, em duas oportunidades, completaram a maior goleada da história de uma final da Copa da Liga. Ao Bradford, resta celebrar a histórica campanha e voltar suas atenções a disputa por um lugar na zona dos play-offs da League Two. 

Bradford e Swansea

por Lucas Leite dia sábado, 23 de fevereiro de 2013 às 20:08

Em janeiro de 2007, oito mil pessoas viram Bradford e Swansea empatarem por dois a dois em partida válida pela League One. De lá pra cá, os Swans tornaram-se a primeira equipe galesa a alcançar a Premier League*, enquanto os Bantams - que disputaram a primeira divisão pela última vez em 2001 - foram rebaixados à League Two. No próximo domingo**, as equipes voltam a se encontrar em Wmebley, na final da Capital One Cup. O blog antecipa este surpreendente confronto.
O Bradford terá apoio divino nesta final (Reprodução/BBC)

Claro favorito ao título, os Cisnes terão Chico Flores como principal baixa para a partida. O espanhol, que forma uma sólida dupla defensiva com Ashley Williams, sofreu uma lesão no tornozelo e deve ser substituído por Garry Monk ou Kyle Bartley.

Em contrapartida, Michael Laudrup contará com o espanhol Michu, responsável por 18 gols e quatro assistências na temporada, além os passes precisos de Ki Sung-Yeong e Leon Britton.

Primeiro time da quarta divisão a chegar à final da Copa da Liga em 51 anos, o Bradford aposta em suas jogadas aéreas e na velocidade de Nahki Wells para escrever um final diferente ao do Rochdale, derrotado pelo Norwich em 1962.

Para a partida, no entanto, Phil Parkinson tem Rory McArdle como principal dúvida. Autor de um gol nas semi-finais contra o Aston Villa, o zagueiro voltou a treinar apenas essa semana, após ficar afastado dos gramados devido a um problema no tornozelo.

Muito mais que um título, a partida representa um momento mágico na história dos dois clubes, que, devido a graves problemas financeiros, quase fecharam as portas no meio da última década . Aos Bantams, uma boa atuação pode devolver o ânimo ao clube na briga pelo acesso à League One. Promessa de 90 minutos eletrizantes.

*Não custa lembrar que a Premier League foi criada em 1992.

**A ESPN Brasil promete transmitir Bradford x Swansea no próximo domingo, a partir das 12:30

Football League Review: 19 e 20 de fevereiro

por Lucas Leite dia quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013 às 11:03

Morrison marcou com a primeira pela camisa do Leeds (Reprodução/Leeds)
Em meio aos jogos de meio de semana da Champions League, a bola também rolou para a 33ª rodada da Championship, além de jogos atrasados da League One e League Two e finais regionais da Johnstone's Paint Trophy. O blog comenta o que de mais importante aconteceu nessas competições.

Na League Two, destaque para o empate entre Northampton e AFC Wimbledon. Apesar do tropeço, o resultado mantém os Cobblers na zona dos play-offs; o Dons, por outro lado, segue na lanterna.

Em Prenton Park, o Swindon visitou o Tranmere e, mesmo sem técnico, se aproveitou da má fase do rival para vencer o jogo e assumir a liderança da League One. O grande destaque da partida foi o atacante James Collins, que anotou dois gols na vitória dos Robins por 3x1. Após mais uma derrota- a quarta consecutiva - o Rovers permance em sexto e vê sua posição nos play-offs ameaçada.

Já a Championship foi marcada pelas impressionantes goleadas de Nottingham Forest e Peteroborough, além da derrota do Cardiff, em Gales, para o Brighton. Enquanto o Posh contou com dois gols de Lee Tomlin para bater o Millwall por 5x1 em Londres, Radoslaw Majewski comandou a goleada dos Reds sobre o Huddersfield, com três tentos.

No Cardiff City Stadium, o time da casa recebeu o Brighton e perdeu pela segunda vez na temporada em seus domínios. Andrea Orlandi e Leonardo Ulloa marcaram os gols da vitória dos Seagulls, quem seguem dois pontos abaixo da zona dos play-offs.

Enquanto isso, no jogo que encerrou a rodada, o Leeds contou com o apoio de mais de 25 mil torcedores para vencer o Blackpool e diminuir sua diferença para os seis melhores da competição. David Norris e Steve Morrison foram os responsáveis por garantir os três pontos aos Whites.

Southend e Coventry jogam com o regulamento e se classificam para a final da Johnstone's Paint Trophy

Após ter vencido pela contagem mínima em Londres, o Southend recebeu o Leyton Orient e contou com um gol de Ben Reeves, já nos acréscimos do segundo tempo, para assegurar um empate dramático por 2x2.

Enquanto isso, pelo lado Norte, o Coventry visitou o Crewe precisando tirar uma diferença de três gols. Ellis e Clarke nos últimos minutos da etapa complementar até diminuíram a diferença, mas o resultado não foi suficiente. Crewe e Southend agora fazem a final, em Wembley, no dia 7 de abril.

Football League Preview: 19 e 20 de fevereiro

por Lucas Leite dia terça-feira, 19 de fevereiro de 2013 às 14:37

Após quase dois anos, Paul Ince volta a dirigir um clube (Reprodução/Blackpool)
Enquanto algumas equipes da League One e League Two aproveitam o meio de semana para pagar jogos atrasados, todos os 24 clubes da Championship entram em campo para mais uma rodada completa. O blog te mostra em quais partidas ficar de olho.

Na League Two apenas três jogos acontecem, porém, o que chama mais a atenção é o duelo de opostos entre AFC Wimbledon e Northampton. Lanterna da competição, o Dons tem Paul MCallum, Luke Moore e jack Midson como principais dúvidas. O Northampton, por outro lado, aposta no retorno de Clarke Carlisle para se consolidar na zona dos play-offs.

O confronto mais esperado do fim de semana, entretanto, deve acontecer na League One. Após perder as últimas três partidas, o Tranmere recebe o sexto colocado Swindon, que faz sua primeira partida desde a saída de Paolo Di Canio. A grande novidade do Rovers para o confronto pode ser a inclusão de Paul Corry, recém-contratado por empréstimo.

Pela Championship, Barnsley e Wolverhampton medem forças em confronto direto contra o rebaixamento. Motivado pela vitória nas oitavas de final da FA Cup, os Tykes tem apenas Kelvin Etuhu, que quebrou o nariz contra o MK Dons, como desfalque. Já o Wolves volta a contar com o lateral esquerdo Stephen Ward e o zagueiro Roger Johnson para se manter acima dos três últimos.

Quem está de olho no confronto de Oakwell é o Bristol City, que pode diminuir a diferença para fora da zona de rebaixamento já nesta rodada. Para isso, os Robisn, que contam com a volta do capitão Cole Skuse, terão a difícil missão de bater o Crystal Palace, em Selhurst Park. Nos Eagles, a grande novidade pode ser a inclusão do experiente atacante Kevin Phillips entre os titulares.

Na quarta-feira, no jogo que fecha a rodada, o Blackpool visita o Leeds, buscando vencer na estreia do treinador Paul Ince. E a grande novidade de Ince para a estreia tende a ser a volta de seu filho, Tom Ince, e do goleiro Matt Gilks ao 11 inicial. Nos Whites, o ameaçado Neil Warnock deve voltar a contar com o goleiro Paddy Kenny, poupado no meio de semana, além de Paul Green, que deve recuperar sua posição meio campo.

Clique aqui e confira o horário de todos os jogos do meio de semana.

Fim de semana de derrotas na FA Cup

por Felipe Ferreira dia segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013 às 14:03

O Wigan não teve piedade do Huddersfield e venceu por 4 a 1 (Foto: Getty Images)

O fim de semana não foi nada bom para as equipes da Football League na FA Cup. Nos cinco confrontos entre times da Premier League e da Football League, os membros das divisões inferiores da Inglaterra conquistaram apenas uma vitória, sem contar que um único jogo terminou empatado o que renderá a disputa de uma nova partida. No mais, foram três goleadas dos times da elite inglesa. Contudo, a rodada de oitavas de final da competição mais antiga do mundo não se resumiu a somente isso e o Football League Brasil traz pra você tudo o que rolou no último sábado e domingo.

Em 7º lugar na League One, o Brentford encarou o Chelsea no sábado e se segurou muito bem na etapa inicial. No entanto, na final, os Blues, enfim, encontraram o caminho do gol e deram um grande show mesmo que jogasse fora de casa. Mata, Oscar, Lampard e Terry marcaram e sacramentaram o placar final de 4 a 0.

O Barnsley confirmou a sua boa fase na FA Cup (Foto: Getty Images)

No confronto entre equipe da Championship e da League One, o Barnsley ressaltou a boa fase que vive e a sequência de cinco jogos invictos acumulado na segunda divisão inglesa foi vital para o clube ter a confiança necessária para bater o MK Dons por 3 a 1, com dois gols de Dagnall, e garantir vaga nas 4ªs de final da FA Cup.

A única vitória de um clube da Football League sobre um clube da Premier League aconteceu no confronto entre Blackburn e Arsenal. Em jogo realizado no Emirates Stadium, a equipe da Championship não se intimidou diante do gigante inglês e o 1 a 0, gol de Kazim-Richards, bastou para garantir a maior surpresa da rodada.

Depois de quatro derrotas seguidas, o Milwall se reencontrou com a vitória (Foto: Getty Images)

O Milwall deu uma amenizada no péssimo momento que vive. Depois de quatro derrotas consecutivas, o 13º colocado da Championship venceu o Luton, equipe da 5ª divisão inglesa, por impiedosos 3 a 0 e garantiu uma vaga na próxima fase da competição, além de que pode ter conquistado a confiança necessária para rumar a uma nova crescente na segunda divisão inglesa.

Foi apenas uma vitória nos últimos 10 jogos e a má fase do Huddersfield segue firme depois do fim de semana. Contra o Wigan, o time da Championship teve uma atuação completamente apática, sendo derrotado por 4 a 1 e sendo eliminado da FA Cup.

Por fim, o Leeds, 12º colocado da Championship, não foi capaz de fazer frente ao Manchester City e levou 4 a 0 da milionária equipe da Premier League.

Football League Review: 15 e 16 de fevereiro

por Lucas Leite dia domingo, 17 de fevereiro de 2013 às 18:13

Os Glovers assumiram o terceiro lugar (Reprodução/Yeovil)
INTRO

Em Vale Park, o Port Vale recebeu o Morecambe e mesmo com um jogador a mais, acabou tropeçando e perdendo a liderança da League Two. Lewis Alessandra marcou o único gol dos Shrimpers na partida. Bom para o Gillingham, que viu Deon Burton sair do banco para garantir a vitória sobre o Dagenham & Redbridge.

No outro extremo da tabela, o Barnet viu Michael Rankine colocar o York na frente logo aos sete minutos, mas contou com os gols de Andy Yiadom e Jake Hyde para virar a partida e deixar a zona de rebaixamento.

Pela League One, o Tranmere entrou disposto a recuperar a liderança, mas viu seus planos irem por água abaixo quando Liam Palmer foi expulso logo aos seis minutos. Com um jogador a mais em campo, o Shrewsbury soube aproveitar os espaços deixados pelo adversário e marcou duas vezes, com Chris Porter e Cameron Gayle, para vencer a segunda seguida longe de casa.

Somada a folga forçada do Doncaster, a derrota do Rovers era perfeita para que o Bournemouth ampliasse ainda mais sua vantagem para o vice-líder, mas não foi isso que aconteceu. Os Cherries visitaram o Preston que venceu a primeira sob o comando do interino John Dryer, graças aos tentos de Stuart Beavon e Bailey Wright.

Na contramão dos adversários, Sheffield United e Yeovil se aproveitaram do fator casa para vencer sem dificuldades. Enquanto os Blades chegaram à zona de promoção automática com os 3x0 sobre o Colchester, Byron Webster, James Hayter e Paddy Madden ampliaram para oito jogos a invencibilidade do Yeovil, que assume o terceiro lugar.

Enquanto isso, em Gales, o Cardiff contou com dois gols de Fraizer Campbell para derrotar o Bristol City por 2x1 e manter oito pontos de vantagem no topo da Championship. Isso porque o Hull City também venceu o Charlton, com um gol solitário do egípcio Mohamed Gedo.

Logo abaixo do Top Two vem o Watford, que não tomou conhecimento do Birmingham em St Andrews. Troy Deeney, duas vezes, Ikechi Anya e Almen Abdi marcaram os gols do ataque mais produtivo da competição.

Com Roy Hogdson nas bancadas, o Crystal Palace recebeu o Middlesbrough e também venceu com facilidade. O treinador do English Team certamente ficou feliz com as duas assistências de Wilfried Zaha, mas foi Glenn Murray quem brilhou. Com dois gols na goleada por 4x1, o artilheiro dos Eagles chegou aos 27 gols na temporada.

Clique aqui e confira todos os resultados, além da classificação atualizada de todas as três divisões

FA Cup: oitavas de final

por Lucas Leite dia sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013 às 15:39

Mais experiente, Milner enfrenta o clube que o revelou
(Reprodução/BBC)
Chegamos às oitavas de final da FA Cup e a Football League segue bem representadas, com oito participantes*. O blog antecipa os principais confrontos desta fase.

Única equipe abaixo das quatro principais divisões da Inglaterra, o Luton enfrenta o Millwall, após eliminar Norwich e Wolverhampton nas fases anteriores. Primeira equipe das ligas não profissionais a eliminar um clube da primeira divisão em 24 anos, os Hatters não conseguiram permissão para que Simon Ainge, Steve McNulty e Scott Neilson possam atuar. Pelo mesmo motivo, Benik Afobe e Martin Woolford também desfalcam os Lions.

No Emirates Stadium, o Arsenal recebe o Blackburn que, apesar da campanha irregular na Championship, ainda não sofreu gols na Copa Nacional. E a defesa dos Rovers deve ser ainda mais reforçada com Karim Rekik, que pode estrear depois de ser contratado por empréstimo junto ao Manchester City.

As oitavas de final também proporcionarão um reencontro entre Jose Baxter e o Everton. Tido como o "novo Rooney" quando surgiu, o atacante vem sendo fundamental na campanha do Oldham, tendo marcado 11 gols na temporada.

Entretanto, o reencontro mais aguardado do fim de semana será entre James Milner e o Leeds United. Desde 2004 longe do United, o meia inglês inglês deve comandar o meio campo dos Citzens. Por outro lado, o capitão Vincent Kompany, lesionado, é a principal baixa de Roberto Mancini para a partida. Nos Whites, Neil Warnock não tem nenhum problema de lesão ou suspensão, mas ainda assim deve promover alterações na equipe que perdeu para o Middlesbrough no fim de semana. A principal delas deve ser a troca do goleiro Paddy Kenny por Jamie Ashdown.

*Chelsea x Brentford se enfrentam amanhã, em um replay da quarta fase. O vencedor enfrenta o Middlesbrough, no próximo dia 27.

A ESPN promete transmitir três jogos da FA Cup que envolvem equipes da Football League. Confira as datas e horários aqui.

 
 
 

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